3.9.13

Relações quânticas

A distancia de quem se ama nunca é maior que o pensamento que insiste em trazer ao presente a imagem do ser amado.

Os espaços físicos são insignificantes em cortar laços que são feitos e permanecem sem nossa vontade racional.

Não escolhemos por quem compartilhamos esse sopro de vida, os prazeres juntos descobertos permanecem enquanto uma das partes respirar esse invisível éter que nos preenche por necessidade, não por escolha.

Tutoriais criados para decodificar o processo de inclusão não são precisos em definir os passos que nos levam a entrar no labirinto de outra persona, outra identidade que responde por seus próprios atos, outros destinos, refletidos e absorvidos por osmose à partir do primeiro contato. Físico ou induzido na matéria, por mais sutil que ela seja.

Um convite fica aberto enquanto não houver paridade entre as partes. A estrada é longa e o tempo é sempre o bastante para colocar os preciosos no caminho. Seu ou meu, se já houve fagulha, já somos nós.

Ninguém busca um igual. Queremos o que nos falta.

O aprendizado que só uma experiência analógica traz. 

Quando os olhos se enxergam e sabem que encontraram, finalmente.

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