O buraco negro do seu peito
Tem fome
Tem sede
Quer sangue
Quer gozo
Com carinho pede minha mão
Faminto quer meus braços
Exige minhas coxas, minha bunda, meu pau
Suga a minha boca
Engole a minha língua
Toma conta dos meus desejos
Digere a minha verdade
E quando percebe que nada mais tenho pra oferecer
Despeja detritos que um dia foram parte de mim
Eu não sou a sua muleta
Não vou suprir a sua falta
Não sou a cura pra sua solidão
E não vou salvar sua alma se ela estiver perdida
Sua carência não vai acorrentar minha liberdade
Eu não sou o seu objeto A
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