1.4.11

E qual seria o dia mais importante da vida de uma pessoa?
O dia do seu nascimento?
Talvez o primeira flecha do cupido, ou a primeiro beijo?
A primeira transa também tende a ser inesquecível, mas descobrimos que aprendemos muito com o passar do tempo. Até a primeira vez que fodemos com amor. Ou amamos despedaçados.
O dia que damos a volta por cima quando estamos reduzidos a trapos.
Ou quando casamos, parimos, assistimos o primeiro adormecer de nossa cria.
Sonhos, quando realizados, fragmentam-se e dão espaço à outras possibilidades. Quando gozamos, quando nos falta.
Mas e se vivermos acreditando que nosso dia mais sublime seja o dia da nossa própria morte?
Não falo daquela que vem por convite.
RSVP.
Digo daquela que vem sorrateira. Silenciosa.
Imprevisível.
Aquela que te faria abandonar o delírio. Deixar pra trás planos mal acabados. Filhos desamparados. Trabalhos ao vento.
Quando você deixa de escrever sua história. Quando começam a cantar o ser que já fez a passagem.
Vivemos como se não fossemos morrer e morremos como se não soubéssemos viver. Desperdiçamos nosso potencial dentro das incontáveis zonas de conforto.
Entregamos aos fantasmas os medos que nos paralisam.
Herói é aquele que enfrenta todos os obstáculos até esse grande momento.
E deixa pegadas que compartilham o que foi aprendido.
Cantar a canção para as próximas gerações.
O que aqui encontramos e como sonhamos que fique.
As piramides e as portas secretas.
O indizível, rota estreita e escura.
O caminhar na tempestade.
O encontro com o sol supremo.
A hipnose da mãe lua.
Nossos deuses são chamados e apresentados em diferentes fantasias. Mas o que sente cada coração é exatamente o mesmo. O medo da morte nos une.
A coragem em enfrenta-la revitaliza.
Esse não é um texto de auto-ajuda.
É de auto-despertar.
Get up. It's time.
Acorda menina!

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