Ficamos assustados com a violência praticada por terceiros mas não nos damos conta quando nós mesmos cometemos o ato doloso.
As justificativas para a própria agressividade tentam enobrecer os algozes, as vítimas pouco ficam sabendo sobre os reais motivos das agressões, sejam elas físicas ou verbais.
Ataques histéricos a terceiros são transferências da nossa própria sombra. Quem fofoca denuncia as próprias fraquezas, pois só reconhecemos no outro aquilo que nos é familiar. É de um prazer inenarrável apedrejar nos outros aquilo que a gente detesta (e muita vez nem admite) em nos mesmos.
Grupos habituados ao linchamento coletivo geralmente assumiram a postura de agressores do passado. Quebrar esse círculo vicioso só é possível quando reconhecemos em nós aquela mesma essência que nos incomoda no outro.
Reconhecer, aceitar e elaborar.
Como? Usando a capacidade única que nos distingue dos demais animais da cadeia evolutiva. Se você ainda não sabe qual é essa habilidade, não serei eu o responsável por traduzir tais ensinamentos em palavras. Só a experiência mostra a cada um como agir em cada caso.
Nossa parcela irracional é amoral. Polimorfa. Perversa. Se partirmos do pré suposto que todo ego é gigantesco e tende a desmedida, saberemos exatamente onde o calo do outro aperta.
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