16.6.09

Quando já me faltam certezas para definir e entender o momento presente dou abertura para a sabedoria superior se manifestar.

Primeiro fui orientado para procurar a opinião de uma pessoa mais velha. Seguindo uma linha invisível - sentida somente pela minha intuição - chego na entendida que já viveu mais de quatro décadas. Ela sabia que nada era por acaso e pediu para eu olhar lá do fundo dos seus olhos. Encontrei calma. Ela me doou a força de quem já passou por algo semelhante. Sabe que não sou novo e já não é mais prudente viver como um irresponsável.

Influências existem e podem nos atingir em momentos de fraqueza. Cada um faz sua própria pajelança para ganhar mais concentração e focar nos seus objetivos. Se atinge é por que dou permissão. É mais uma que pede para eu ficar com o pé atrás. Foi mais uma que me alerta sobre a volta. É mais uma que pede para eu prestar atenção em mim.

A torre, carta temida por simbolizar situações difíceis de testemunhar. De certa forma é uma espécie de morte. Temos a oportunidade de assistir estruturas construídas em alicerces frágeis transformarem-se em ruínas. A dor da perda é inevitável. Vai-se junto um pouco daquilo que acreditávamos que fazia parte da nossa identidade. O ego geralmente nos confunde para acreditarmos que somos aquilo que apenas temos temporariamente. Não é a primeira vez que sou roubado dentro de casa. Não é a primeira vez que sinto a necessidade de deixar fatos e pessoas no passado. Os que mudarem comigo continuarão ao meu lado - como já continuaram em outras épocas. Sem medo de puxar a fila.

Se é esse o momento de reconstruir, que eu consiga lembrar de todas as lições aprendidas ao longo do caminho. Humildade para admitir que ainda não sabia o bastante para sustentar minhas pretensões e coragem para seguir adiante somente com aquilo que realmente importa.

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