18.8.08

Toda vez é a mesma coisa.
O mesmo frio cortando o estômago.
Os mesmo sorrisos de aprovação.
Os mesmos narizes torcidos de reprovação.
As sobrancelhas tortas de quem não entendeu.
E o pulo no escuro que traz mudanças nas probabilidades do que está por vir.
Toda vez alguma porta acaba se abrindo.
Sempre fruto do empenho que tive em determinada matéria.
Pra rodar bolsinha, não é suficiente estar no lugar certo.
Tem que estar bonito, perfumado, asseado.
Não sei se a sensação de quem viu de fora foi essa.
Eu tenho certeza que foi divertido aprender a fazer.
No fundo é só isso que importa. A diversão no processo.
Já tenho respostas pra perguntas recorrentes.
Já sei quando falar sim e quando falar não.
Aos poucos vou descobrindo a identidade do meu bebê.
Algumas coisas do pai, outras influências do mundo.
Falaram que é coisa para o futuro.
Xoxaram sua pretensão.
Dúvidas se esse é mesmo o caminho certo sempre vão existir.
Certeza mesmo a gente só tem de uma coisa.
O resto, ta nas mãos de quem escolher brigar.
No pai, no gain.

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