21.2.08

bem me quer, mal me quer

A gente tenta de muitas formas criar histórias e fantasias para tornar nossa
passagem por esse ambiente selvagem menos tediosa.
independente dos símbolos que são escolhidos, todas os residuais desses
virais seculares deixam registrados em nosso inconsciente apenas a lembrança
de que existe algo muito maior em curso do que apenas um único ciclo vital
de um singelo organismo.
Essa percepção de "algo superior" nasceu junto com uma anomalia genética dos
genes de uma raça especifica de macacos, dando origem a um animal que
consegue sonhar e alterar a realidade a sua volta, materializando suas
crenças e arquitetando estruturas para conseguir acompanhar a evolução de
suas próprias ambições.
É por ter essa estranha ligação entre o material e o sublime dedicamos
grande parte do nosso tempo assimilando e tentando compreender qual impulso
devemos atender.
Condenar todos os instintos é uma armadilha. Duvidar de todas as ações
altruístas, uma grande bobagem. Tem gente que consegue se anular por algo
maior e ponto. Mas tem aqueles que só vivem conforme mandam seus
instintos. Almas livres escravizadas por desejos primitivos. Macacos sem
pelo.
Entre macacos, lagartas que queimam, borboletas e mariposas, procuro ler os sinais tentando encontrar um pouco de certeza naquela linha de raciocínio que faz minha consciência ficar tranqüila. Eu tento, mas não da pra ser sempre bem compreendido. E isso não tem que ter tanta importância. Ainda é melhor cultivar o amor próprio do que desperdiçar saliva com ouvidos que não estão dispostos a escutar.

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