pagar por luxo e exclusividade.
eu trabalho com algo que busca agregar valor pra coisas simples e desnecessárias no cotidiano, pra fazer uma pequena tira de algodão ter seu preço inflacionado milionésimas vezes.
teve uma fase em que dúvidas adolescentes me fizeram acreditar que eu estaria ajudando a consolidar um sistema construído sobre ilusões de um mundo que não existe.
essa fase passou, mas aprendi o bastante com ela.
continuo trabalhando com a mesma coisa - mais uma pedra no grande muro eu sei - mas consegui me desvencilhar do senso comum que ajudo a construir.
já passei por uma fase realmente imbecil onde tudo que eu mais queria era entrar em lojas caras e passar o cartão de crédito sem preocupações com a fatura que viria no final do mês.
viva os bazares, liquidações megalomaníacas, ruas de comércio popular com bons produtos, bons e baratos.
viva o ching ling.
da muito mais trabalho pra conseguir tudo. mas minha conta bancaria fica muito satisfeita quando esta no azul.
que seja assim sempre, independente da quantidade de dezenas que forem depositadas na minha conta bancária no final do mês.
e se um dia eu mudar, faço questão de usar aquele nariz vermelho, em formato de bola, e um par de sapatos enormes, como todo bom palhaço.
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