Quero contar uma história de uma criança linda. Linda, linda, linda.
Sabe que eu lembro ainda do cheiro? E tem alguma coisa mais íntima que o cheiro?
A matriz identificatória me coloca em cima da pia da grande anciã e pede pra eu desfilar sambando.
Ele me abraça, eu sinto o cheiro, ele repete e me beija: Mas que menino lindo! Eu lembro.
A testunha mais próxima está brava. Brigam com ela. Só reclama da falta de liberdade.
Assumimos o comportamento do agressor em algum momento da história. Mas repetir com consciência é opção.
Mostra a sua língua. Tipo Kiss.
Ele me toca e eu sinto tesão. Eu lembro do banheiro. Handsfree erection. Me cutuca quando ninguém está por perto.
A história do tal conviva deve ser parecida. Mas ele apanhava, eu não. Eu tenho saudades. Eu gostava. Gosto de lembrar apesar da raiva.
Se o ego é antes de tudo corporal, então foi registrado nos meus braços, na minha boca, na minha bunda. Eu quero contar essa história em movimento, usando o corpo abusado mas não violentado.
Ele estava pelado e sabia que aquilo me deixava hipnotizado. Era tão pequeno e já gostava tanto da coisa.
Beija o pinto do tio...
Não.
Fim do primeiro romance secreto.
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