31.7.08

Já não sei mais se é preciso tanta sensibilidade para detectar para qual caminho esse mundo caminha. Os grandes sucessos de entretenimento de massa contam histórias que deixam residuais que bagunçam nossa antiga visão do lado iluminado ou negro da força.
A personalidade sempre vai ser esférica, como tudo nesse mundo, com dois lados distintos que se alternam conforme o momento, mutando sempre para algo diferente. Nenhuma novidade até ai.
O problema nasce quando tentamos enquadrar algo reduzindo ao já ultrapassado bom ou ruim. No final da história, classificar algo de um lado ou de outro sempre vai ser resultado de nosso singular ponto de vista.
E mais difícil do que classificar fatores externos, é determinar parâmetros pessoais para atitudes que tomamos e envolvem conseqüências para outras pessoas. As vezes é necessário se tornar a pessoa desagradável, violenta, impulsiva e egoísta que tanto aprendemos que não devemos ser. Se desapegar da culpa que sempre nos faz lembrar daqueles 10 mandamentos que tanto contradizem nossa condição humana é, sem dúvida, quase impossível.
Vilões podem ser personagens realmente mais interessantes, até que um cruze o seu caminho. Heróis poder cair no ridículo por suas ações altruístas, até que um deles salve sua vida. De longe podemos ser seduzidos pela audácia e ousadia dos primeiros, mas em nossa vida analógica, contamos com a ajuda dos segundos, para nos salvar das garras da mediocridade.
Podemos optar por caminhos distintos, entre eles, assumir os papeis de construtores ou destruidores do mundo. Ambos são importante, eu sei, mas ambos possuem seus próprios ônus, já que te empurra a convivência com semelhantes.
A culpa vem para os vilões assim como o esquecimento para os heróis, que uma hora vão precisar se desapegar tudo que representaram.

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