21.4.08

um gadget muito útil, que serve como bússola para entender a intensidade de certos momentos, tem sido o "current moon phase".
hoje, em plena madrugada, percebo que ela esta nos 100% cheia.
vou para varanda, em mais um daqueles momentos de necessária solidão e definição de metas, e olhando para o céu percebo que apesar de cheia, a lua estava encoberta por uma fina e constante névoa, que permitia passar somente sua luz rebatida, escondendo suas imperfeições.
puxando na memória, percebo que faz um certo tempo que não a vejo nítida nessa fase. também faz um tempo que não vejo o sol nítido em um dia sem nuvens.
nossa verdadeira identidade é aquela figura impressa no fundo de uma piscina com águas em movimento. as ondas não nos permitem reconhece-la. seja qual for o agente responsável pela instabilidade da água.
na yoga, no silêncio de um quarto, em uma rede preguiçosa, no diva de um analista, sempre existe uma forma de acalmar essa tormenta e conseguir enxergar nitidamente o que não conseguimos ver através do espelho.
o som que ecoa ainda na minha cabeça é a melodia de one, trilha de abertura de magnólia. o dilema que sempre se enfrenta é aquele contado no primeiro filme de neil gaiman. o que esperamos que aconteça é a chuva de sapos. ou as lagrimas derramadas ao assistir um por do sol. catarse. tudo enfim fez sentido.
um dia tudo acaba. seremos imortais naquilo que deixaremos de legado para os que continuam.

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