23.2.07

Vivendo e mordendo a língua.
Algumas ações nesses primeiros meses do ano demonstram os caminhos que preciso seguir para chegar mais perto daquela cena que figura em minha mente.
A praia, o corpo bom, o céu azul e um house fino.
Mais que lembranças, projeções trazem esperanças. E em cima delas que eu caminho sem deixar que os passos dados se apaguem de minha mente.
Um certo dia, em uma certa conversa, eu percebi que relembrar e projetar momentos ou situações produzem a mesma sensação em nosso corpo. Quando a gente se descola do momento presente e olha na direção daquilo que já foi (ou do que ainda não aconteceu), a gente sente a mesma coisa. E é por isso mesmo que tantas vezes a expectativa supera o fato consumado.
A dor tão desconfortavel causada pela ausencia de alguém que você aprendeu a amar, nesse momento, precisa ser domesticada. Tenho consciência, novamente, de que fiz o que devia, falei o que sentia, demonstrei o que precisava ser demonstrado. Agora, como em outros momentos, chegou a hora de entregar o bastão e deixar que cada um caminhe na direção que a vida lhe permitir. Eu guardo comigo o vazio que cada ausência me trouxe, mas procuro, a cada dia, enxergar o real significado de cada momento na compania dessas pessoas que hoje já não estão mais do meu lado.

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