19.6.02

na chon
As vezes me toco de que a passarinha m�e ja me jogou pra fora do ninho e s� espera que eu comece a bater as asas antes de me estatelar no cimento.
N�o importa se eu to feliz, satisfeito, tendo prazer no que fa�o. � hora de aprender a bater as asas e sair por ai sem precisar dos petiscos amorosamente colocados no bico, no calor confortavel do emaranhado de gravetos.
To rodeado de aprendizes solit�rios, que foram expulsos do ninho de maneiras muito mais dr�sticas.
Mas quando come�a a chegar a minha hora � tudo mais complicado, to tentando sair voando, mas quando as coisas ficam muito explicitas, bate um desanimo infernal.
Ser� que a gente sabe que ficou adulto quando sente saudades da �poca da infancia, do descompromisso, do exagero, da simplicidade e da crueldade ingenuisada?
Eu quero um colo, um abra�o, um �tero que me abrigue novamente.

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